Renovação da equipe é uma das prioridades de olho nos Jogos Olímpicos de 2016
Brasil e Rússia nas Oitavas de final do Mundial da Espanha 2013 |
Codó (MA) - De volta ao Brasil depois de encerrar o Campeonato
Mundial de Handebol com o 13º lugar inédito, a Seleção Masculina faz uma
avaliação extremamente positiva de sua participação, sem se esquecer já
dos planos para este ciclo olímpico. O grupo, que está passando por uma
grande renovação, provou que está no caminho certo para conquistar
colocações ainda mais expressivas em breve. A posição foi a melhor já
garantida na história da modalidade, já que anteriormente o Brasil havia
terminado com o 16º posto na edição de 1999, no Egito. Agora, o
principal objetivo proposto é a preparação para os Jogos Olímpicos do
Rio de Janeiro, em 2016. Com isso, o resultado do trabalho que já
começou a aparecer foi um grande lucro.
O espanhol Jordi Ribera reassumiu a equipe em
meados de 2012 e teve como prioridade a convocação de atletas com pouca
idade. De lá para cá foram algumas fases intensas de treinamento, dois
amistosos contra a Coreia do Sul e um torneio preparatório já na
Espanha, com a equipe da casa, o Chile e o Japão. Desde o início da
preparação, a evolução da equipe foi visível e o resultado final chamou a
atenção do público de todo o Mundo.
"Tínhamos um grupo novo, com jogadores que ainda
não haviam participado de uma competição deste nível. Estivemos bem com
nossa defesa, principalmente nos jogos contra a Tunísia e Montenegro.
Para nós, ter terminado em terceiro do grupo na fase classificatória já
foi um resultado histórico. Mesmo com a eliminação no jogo contra a
Rússia, nossa trajetória já tinha sido extraordinária. A equipe foi
muito bem e teve oportunidade de ganhar de uma Seleção de peso. Nosso
pensamento principal é olhar para o futuro e fico muito feliz em ver o
desempenho desses jovens jogadores já nessa competição. Saímos do
Mundial realizados e com a certeza que temos um caminho muito positivo
pela frente", analisou o treinador.
Entre as jovens promessas que cumpriram muito bem
seu papel dentro da equipe, está o armador Arthur Patrianova, caçula do
grupo, com apenas 19 anos. O jogador, apesar da pouca idade, encarou
todos os adversários do Brasil de igual para igual e não se intimidou
com a experiência de equipes tradicionais como a própria Rússia.
"Foi uma grande experiência. Até então, eu só havia
jogado com equipes consideradas da segunda divisão do handebol mundial e
saber que conseguimos enfrentar seleções consagradas com igualdade foi
muito bom. Com esse resultado, damos ainda mais valor a todo o trabalho
que foi feito. A preparação foi dura, treinamos no Natal, no Ano Novo,
sem muitas folgas, mas tudo para chegar lá e representar bem o Brasil.
Estou orgulhoso por fazer parte dessa equipe."
Já Diogo Hubner representa a ala mais experiente da
Seleção. O central destacou o crescimento da equipe ao longo do
campeonato. "Era uma chave muito difícil, com três times europeus. A
Argentina está sempre jogando bem contra o Brasil e a Tunísia que é um
time africano muito forte e venceu a Alemanha na estreia. Mas o torneio
se desenhou muito bem para nós. Perdemos para a Alemanha por uma boa
diferença, mas conseguimos remontar a equipe depois disso e, o mais
importante até mesmo do que conseguir a classificação para as oitavas,
jogar no mesmo nível da Rússia. Quem podia imaginar no início que
faríamos uma oitava de final com os russos e com possibilidades de
vencer. Por alguns detalhes não foi dessa vez."
O jogador nascido em Niterói (RJ) também comentou
sobre a renovação da equipe. "Acho que o grupo está de parabéns. Fizemos
história e sabemos que podíamos mais um pouquinho. Mas dessa vez não
deu. Depois da derrota contra a Alemanha viramos a página e sabíamos que
o jogo contra a Argentina seria o da nossa vida. Não nos deixamos
abater e fomos para a guerra depois disso. Saímos bem satisfeitos, o
trabalho está seguindo uma linha muito boa, com vários jogadores jovens,
mas com atitudes de atletas experientes. Muito dessa evolução devemos
ao Jordi, que fez um trabalho fantástico com a gente. Você fazer uma
pessoa acreditar em um objetivo é fácil, agora mostrar pra ela que
realmente é possível, é a grande diferença dele. A cada conversa ele
provava isso para nós", finalizou.
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.
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