Atleta número um da modalidade no Mundo acredita em bom desempenho do Brasil, Noruega e Espanha
Alexandra e Deonise |
Codó (MA) - Eleita a melhor atleta feminina de
handebol do Mundo em 2012, a ponta direita da Seleção Brasileira,
Alexandra Nascimento, já tem seus 'palpites' para três fortes candidatos
a uma medalha do Campeonato Mundial da Sérvia, que tem início em quatro
dias. Para ela, apesar da competição contar com muitas equipes
fortíssimas, este ano as apostas são Brasil, Noruega e Espanha. O
apontamento da jogadora demonstra um panorama um pouco diferente do que a
modalidade viu nos últimos anos.
Apenas a Noruega se mantém entre
as favoritas, assim como nas últimas edições. A Seleção do País nórdico é
a atual campeã, tendo conquistado o titulo no Brasil, em 2011, foi
terceira colocada na China, em 2009, e a vice-campeã na França, em 2007.
Em compensação, Espanha e Brasil vêm em uma crescente nos últimos anos,
conquistando resultados cada vez melhores. Prova disso foi o quinto
lugar das brasileiras em 2011, mesma edição em que as espanholas
ganharam a medalha de bronze.
Os apontamentos de Alexandra são
feitos com conhecimento de causa. "A base da Noruega é muito forte. Elas
continuam fazendo um trabalho excepcional de corrida, de defesa, com
muita velocidade e poucos erros de passe. Além disso, é uma equipe com
muita experiência. Vimos bem isso quando jogamos recentemente com a
Seleção B em uma amistoso. Já a Espanha vem em uma crescente desde o
Mundial de 2011. A evolução delas é muito nítida a cada ano. Estão
fazendo um bom trabalho", justificou.
O Brasil também entra na lista da
jogadora pela evolução que vem tendo recentemente. "Estamos fazendo uma
forte preparação. Temos muitas atletas buscando experiência na Europa e
as que estão no Brasil também estão evoluindo. Tivemos um bom teste em
2011 quando ficamos com o quinto lugar. Estamos em busca de uma medalha e
acho que ganhamos bastante experiência nos últimos anos para isso. Nos
Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ficamos nas quartas de final e
nosso objetivo agora é não parar por aí e ir em busca de uma medalha."
Ver um cenário um pouco diferente
no handebol feminino, se comparado aos últimos anos, é positivo para a
modalidade, segundo a ponta direita, que atua no clube austríaco Hypo
Nö. "Estamos acompanhando o crescimento de Seleções que antes não
conseguiam fazer frente à algumas que sempre dominavam. Ao mesmo tempo,
várias equipes tradicionais estão passando por mudanças. Muitas
jogadoras mais experientes estão parando, enquanto outras mais jovens
começam a fazer parte do time. Esse pode ser um ponto positivo para nós,
porque a nossa troca não foi tão grande. A maioria das atletas já fez
parte do grupo em 2011 e também em Londres. Temos que aproveitar isso",
destacou.
Junto com todo o grupo, Alexandra
já está em contagem regressiva para a competição, que tem início daqui a
quatro dias. O Brasil estreia no próximo sábado (7) contra a Argélia.
As duas equipes fazem parte do grupo B, com sede na cidade de Nis. No
dia 8, a equipe enfrenta a China. A Sérvia será o adversário no dia 10, o
Japão no dia 11 e, por fim, a Dinamarca no dia 13. As oitavas de final
serão disputadas nos dias 15 e 16, as quartas no dia 18, as semifinais
no dia 20, e a grande final no dia 22.
Para ela, a fase classificatória é
um ponto muito delicado e que merece atenção não somente contra
adversários mais tradicionais como Dinamarca e a própria Sérvia, que
joga em casa. "Tanto no Mundial quanto nas Olimpíadas, nos saímos muito
bem na fase de grupos e quando chegamos nas fases seguintes, não
conseguimos. A Argélia será nossa primeira adversária. Não sabemos muita
coisa sobre elas e é aí que mora o perigo. Então, para mim, temos que
ver que o primeiro adversário somos nós mesmas. Temos que entrar como se
estivéssemos jogando contra Seleções como Rússia, Noruega e Dinamarca.
Temos que jogar igual contra todos, sempre dando 100%. Isso é o mais
importante sempre", encerrou.
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.
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