Deborah Hannah |
Codó (MA) - A ampla maioria das atletas que serviu à seleção campeã mundial na
Sérvia atuam na Europa. Mas também há três "intrusas" que jogam no
Brasil.
Nesta terça-feira, no desembarque da equipe, em São Paulo, elas
apontaram um dos problemas do handebol nacional que provoca a
transferências das atletas para a Europa, onde se paga melhor e há mais
qualidade técnica: o calendário.
A maior crítica paira sobre a Liga Nacional. "Ela demorou muito para
começar e terminou muito rapidamente, por causa do Mundial", disse
Deborah Hannah, 20.
Após indefinições e atraso, a competição com 11 times começou no fim de setembro e foi até novembro.
Hannah defende a Metodista, de São Bernardo (SP), vice-campeã brasileira. "Perdi várias datas porque servia a seleção", afirmou.
Segundo ela, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) poderia
conciliar melhor as datas de Estaduais, do Nacional e da seleção.
O Paulista, por exemplo, terminou há dez dias, durante o Mundial. A Metodista, sem Hannah, ficou em 3º.
O coro de Hannah é endossado pela armadora Amanda Andrade, campeã nacional pelo Concórdia (SC).
"O calendário precisa ser elaborado com antecedência e ser mais organizado. Até para atrair mais gente", disse.
Ambas já vislumbram uma vida no exterior. "Tenho propostas da Europa. Aqui ainda é amador, é difícil", afirmou Amanda.
O presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira, não voltou com a seleção e não foi encontrado para comentar sobre a reclamação.
Fonte: Folha de São Paulo.
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