Bicampeonato da competição de clubes de Handebol mais disputada do Mundo
mostra evolução e amadurecimento da atleta
Duda foi eleita a melhor armadora esquerda do campeonato |
Codó (MA) - Comemorar títulos de primeira grandeza no handebol tem se tornado,
cada vez mais, parte da vida dos atletas brasileiros. Um belo exemplo
disso, é o ótimo momento vivido pela armadora esquerda Eduarda Amorim.
Nesta temporada, Duda ganhou tudo o que disputou, a começar pela medalha
de ouro inédita da Seleção Feminina no Mundial da Sérvia, em dezembro,
quando também foi eleita a melhor atleta da competição. Neste fim de
semana, novamente subiu ao lugar mais alto do pódio, com o bicampeonato
da Champions League, a maior competição de clubes do Mundo, com a
participação das principais equipes do Continente Europeu.
A catarinense faz parte do elenco do time húngaro Gyor Audi ETO,
que venceu na final o Budocnost, de Montenegro, por 27 a 21. É peça
fundamental para as conquistas do clube e tem ganhado também
reconhecimento individual. A atleta foi escolhida como a melhor em sua
posição, na eleição promovida pela Federação Europeia (EHF), na qual
também concorreram mais duas brasileiras, Alexandra Nascimento na ponta
direita, e Bárbara Arenhart como goleira.
Para a atleta de 27 anos, momentos como este são uma grande
recompensa para uma carreira trilhada ao longo de vários anos. "Estou
muito feliz. Este foi o melhor jogo da temporada para nós. Estávamos
super concentradas. Foi tudo ótimo. Estou orgulhosa da minha equipe e da
comissão técnica. Títulos fazem todos os momentos difíceis da carreira
valerem a pena. Agora posso celebrar. Agradeço a todos que estiveram na
torcida", resumiu.
O técnico da Seleção Brasileira, Morten Soubak, pôde acompanhar
de perto o confronto final e elogiou a atuação da jogadora e de todo o
time húngaro. "O Gyor, realmente, mereceu o título mais uma vez. Eles
estavam em uma chave muito complicada, que tinha inclusive o próprio
Budocnost, e o Krim, time da Dani Piedade. Já ao ter garantido a
classificação para as semifinais, eles mostraram que têm um time de
primeira classe e algumas atletas que fazem muita diferença, como a
Duda. Ela cresceu muito durante esta temporada, não só dentro do clube,
mas também da Seleção. Ser campeã da Champions League dois anos seguidos
não é pouca coisa. Ela está de parabéns pelo que vem mostrando."
O título foi motivo de comemoração também no Brasil pelos
seguidores da modalidade, o que deixa o presidente da Confederação
Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira, muito satisfeito.
"Ainda bem que os meios de comunicação têm facilitado a aproximação dos
nossos atletas com o público, mesmo com aqueles que estão fora do País,
como é o caso da Duda. Podemos dizer que tivemos uma temporada
abençoada. Vencemos todas as competições que disputamos. Sabemos que a
participação de três atletas brasileiras na eleição das melhores da
Champions são méritos individuais, mas sentimos como conquistas do nosso
País também. A Duda já tinha sido uma vencedora por ter sido escolhida a
melhor armadora esquerda do campeonato e o fato dela garantir pela
segunda vez este título, é extraordinário. Tive a oportunidade de
acompanhar a partida pela internet e ela foi muito bem. Me sinto muito
orgulhoso e feliz. Sei que ela está servindo como modelo para muitos
praticantes de handebol espalhados pelo Brasil", concluiu Manoel.
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.
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