Seleção fez jogo extremamente duro com equipe européia e, agora, enfrenta o Chile por uma vaga nas oitavas
Codó (MA) - Mais uma vez faltou pouco para o Brasil no Campeonato Mundial Masculino de Handebol. Nesta quarta-feira (21), diante de uma das principais equipes da modalidade, a Eslovênia, a Seleção de Jordi Ribera mostrou força e deixou claro que pode enfrentar qualquer adversário de igual para igual, mas terminou três gols atrás no placar: 35 a 32 (19 a 18 no primeiro tempo), no Duhail Sports Hall, em Doha, no Qatar. O resultado faz com que a equipe brasileira siga para a quinta e última partida da primeira fase, precisando vencer o Chile para garantir uma vaga nas oitavas de final.
Esta foi a quarta rodada da fase classificatória. Anteriormente, o Brasil, que integra o grupo A, perdeu para o Qatar e para a Espanha, e venceu a Bielorrússia. Com isso, soma dois pontos na classificação. Se vencer o Chile, passa para quatro e se classifica na quarta posição.
O início da partida foi bem tenso. As duas equipes mostraram muita ansiedade para liderar o placar. O Brasil começou jogando bem e a Eslovênia só conseguiu colocar a bola no gol por duas cobranças de sete metros. Os brasileiros estiveram na frente até os dez minutos, mas depois, por uma sequência de erros, os adversários conseguiram passar e abrir três gols de vantagem. A defesa brasileira, então, passou a funcionar melhor, possibilitando contra-ataques importantes e o jogo seguiu equilibrado todo o tempo, com os dois times se revezando na frente.
A igualdade do início do segundo tempo foi tão grande que o placar caminhou um gol para cada lado por muito tempo. O Brasil conseguiu alcançar o empate e começou a preocupar a defesa eslovena, que cometeu muitas faltas. No entanto, quando estava na frente já ao final da partida, a Seleção não soube segurar o resultado e, com alguns erros de finalização, deixou a Eslovênia passar à frente novamente.
A partida dramática deixou a equipe extremamente descontente, pois eram grandes as chances brasileiras de vitória. "Foi um jogo muito bom, mas hoje é um dia triste. Acho que o time se esforçou bastante. Antes da partida já sabíamos que a Eslovênia é uma equipe que joga rápido e que seria mais importante o retorno defensivo. Precisamos de mais efetividade nos chutes", analisou Jordi Ribera.
"No primeiro tempo, tivemos problema, mas no segundo controlamos mais isso. O problema foram os últimos dez minutos, quando falhamos em um gol, e nos últimos sete minutos cometemos mais dois erros e não pudemos recuperar", acrescentou.
Mesmo que os adversários da última partida ainda não tenham vencido nenhum duelo na fase classificatória, o Brasil precisa melhorar o ânimo para buscar a classificação para a próxima fase. "Agora para nós é muito difícil. Teremos outra final com o Chile para nos classificarmos em quarto, mas o nosso objetivo era o terceiro lugar da chave", afirmou. Caso se classifique com a quarta posição, os brasileiros irão enfrentar o primeiro colocado do grupo B. "Se jogarmos como nos últimos jogos, poderemos vencer o nosso adversário nas oitavas. Mereceríamos um melhor resultado. Nos faltou mais decisão no ataque", finalizou Jordi.
O ponta Felipe Borges, mais uma vez foi um dos mais efetivos, tanto no ataque quanto na defesa, ficando com a artilharia do Brasil na partida, com sete gols. "Tenho orgulho do meu time. No final, acho que estávamos um pouco cansados e cometemos alguns erros no ataque e na defesa. Agora temos que pensar no próximo jogo e na classificação. Tenho que dar os parabéns à Eslovênia", disse o atleta.
O técnico esloveno Boris Denic admitiu a força do Brasil em quadra e que teve trabalho para vencer. "Para nós, este jogo seria difícil porque a Eslovênia não está acostumada a jogar com uma defesa diferente. Não sei quantas faltas meu time fez, mas acho que mais de 20. Estou satisfeito porque vencemos", resumiu o treinador da equipe que foi a quarta colocada na última edição do campeonato.
Gols do Brasil: Borges (7), Thiagus (5), José Guilherme (4), Chiuffa (4), Zeba (3), Lucas (2), Tchê (2), Teixeira (2), João Pedro (1), Valadão (1) e Diogo (1).
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.
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