Semana foi agitada, com vários eventos, pedidos de autógrafos e fotos e muitas lembranças
Chapolins foram a Aracaju (SE) para ver a Seleção |
Codó (MA) - A Seleção Feminina de Handebol teve mais uma missão cumprida. Neste
domingo (30), um grupo com 19 atletas encerrou a fase de treinamentos
em Aracaju (SE), que teve início no dia 24. Além dos trabalhos de quadra
e na academia, a equipe participou de uma série de eventos e teve o
primeiro grande contato com o público depois da conquista do título do
Mundial da Sérvia, em dezembro de 2013. Prova disso foi a quantidade de
fãs que esteve no ginásio, somente para vê-las treinar. No final de cada
jornada, uma multidão parava para tirar fotos e pedir autógrafos, algo
com tamanha intensidade, inusitado para as atletas.
Durante a semana, elas entregaram oficialmente o troféu à
Confederação Brasileira, fizeram visitas aos Correios e ao Banco do
Brasil, ao Projeto Tamar, na Orla de Atalaia, participaram da entrega de
dois núcleos do Projeto MiniHand, estiveram com os presidentes das
Federações Estaduais, que estavam participando da Assembleia Geral da
CBHb, e desfilaram os novos uniformes da Asics, durante uma grande
festa, com a presença da banda Jammil, que canta a música tema da equipe
na disputa do Mundial.
Tudo isso exigiu fôlego, mas foi bem gratificante, pois elas
puderam perceber o quanto a grande conquista chamou atenção para a
modalidade no País. A goleira Mayssa foi uma das que mais sentiu a
diferença, já que se juntou ao grupo pela primeira vez depois do
Mundial. Por conta de compromissos com o clube, ela não pôde estar
presente na disputa dos Jogos Sul-Americanos do Chile, no início do mês,
quando o Brasil garantiu mais um ouro.
"Esse título foi tudo. Foi uma coisa enorme, inexplicável. Depois
da Sérvia, sentimos como aumentou o carinho das pessoas. Após o Mundial
do Brasil, quando fomos eliminadas nas quartas de final, o assédio já
havia aumentado, mas agora foi muito mais. Apareceram muito mais fãs",
confirmou a atleta paraibana.
Mayssa joga no clube russo Dinamo Volgograd e fica fora do Brasil
a maior parte do ano. Por isso, sentir esse entusiasmo por parte do
público se torna ainda mais importante e prazeroso. "Algumas pessoas
chegam a chorar quando nos vêem. Antes não tínhamos tanto apoio, não
tínhamos muitos fãs. As pessoas não sabiam quem eram as jogadoras da
Seleção. Agora temos um reconhecimento grande, não só dos fãs, mas
também dos patrocinadores, que estão ajudando a conseguir tudo isso. O
handebol está crescendo e acredito que até 2016 vai crescer cada vez
mais. Se ganharmos mais uma medalha no Mundial de 2015, em 2016
poderemos ser como o vôlei e o basquete, que são muito reconhecidos.
Estamos seguindo os mesmos passos e eu fico super feliz", acrescentou.
O feito inédito e tanto assédio não tirou os pés da equipe no
chão. Como o maior objetivo é uma medalha olímpica no Rio de Janeiro,
elas sabem que têm muito trabalho pela frente e a dedicação tem que
continuar desde já. "Tivemos aqui mais uma fase de treinos. Sabemos que
2013 já passou. Ainda estamos comemorando, mas temos que seguir em
frente. Estes treinamentos foram já visando as próximas competições",
disse Mayssa, lembrando que em 2015, o Brasil disputa o Pan-Americano de
Handebol, os Jogos Pan-Americanos e o próximo Mundial, em dezembro na
Dinamarca.
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.
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