Confronto foi equilibrado do início ao fim, mas no final, brasileiros não conseguiram parar ataque egípcio
Codó (MA) - Uma Seleção Brasileira vibrante e determinada entrou em quadra
nesta quinta-feira (23) contra o Egito na terceira rodada do Mundial
Júnior Masculino de Handebol. A vitória significava um pé na
classificação para as oitavas de final e a tranquilidade para enfrentar
os dois últimos adversários da primeira fase amanhã (Uruguai) e domingo
(Alemanha). No entanto, a pressão egípcia foi muito grande e os
brasileiros não conseguiram segurar o empate no finalzinho, sendo
superados por 32 a 31 (17 a 16 no primeiro tempo).
Com cerca de seis mil pessoas, que lotaram o Centro Olímpico, em
Uberaba (MG), o ânimo não caiu em nenhum momento, já que a cada gol ou
defesa brasileira, o público soltava um grito ensurdecedor. O que se viu
durante toda a partida foi um apoio incondicional, mesmo depois do
resultado negativo.
Se o Brasil esperava um jogo equilibrado contra o Egito, as
expectativas foram cumpridas. Mesmo muito eficiente tanto no ataque
quanto na defesa 5-1 aplicada quase todo o tempo, os adversários
conseguiram pressionar e mostraram muita força desde o início. Uma das
armas brasileiras na primeira parte do jogo foi o ponteiro Rudolf, que
além de rápido também converteu algumas cobranças de sete metros que
ajudaram o Brasil a manter o placar igualado.
Na segunda etapa, a equipe seguiu consistente, mas o Egito
aumentou a pressão e conseguiu abrir um pouco mais o placar, obrigando
os brasileiros a buscarem uma reação. Com a força da torcida, a equipe
conseguiu uma virada espetacular, abusando dos contra-ataques rápidos e
impedindo o retorno ofensivo dos egípcios. Porém, os adversários não se
deram por vencidos e buscaram novamente o empate. A partida foi assim
até o final até que o último contra-ataque do Egito estragou os planos
do Brasil.
Visivelmente decepcionada, a Seleção Brasileira saiu de quadra
inconformada com o resultado, já que chegou a ter o jogo nas mãos. Para
eles, o resultado será importante para servir de lição. "Sabíamos que
iríamos encontrar dificuldades. O time do Egito é muito rápido.
Estávamos tendo problemas com nossa defesa, mas também tivemos alguns
fatores positivos nesse jogo. Agora é levantar a cabeça que amanhã tem
mais. Vamos seguir com ainda mais força para tentar vencer", disse o
central João Pedro da Silva, um dos mais experientes da equipe
brasileira.
Para o técnico Hélio Lisboa Justino, o Helinho, os momentos
finais foram muito emocionantes para o grupo, que sentiu a pressão.
"Faltou um pouco de atenção no último lance. Tínhamos treinado essa bola
porque sabíamos que eles jogavam assim. Faltou atenção no final do
jogo", apontou.
Para ele, a equipe também teve um pouco de dificuldade de
enfrentar o sistema diferente dos egípcios. "De uma certa forma, o
sistema de ataque deles também é diferente. Eles estão acostumados a
enfrentar uma defesa 6-0. Quando colocamos um defesa mais alta,
dificulta bastante. O Egito também marca alto e tivemos uma certa
dificuldade em relação a isso. Mas, não tem nada perdido", finalizou o
treinador.
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.
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