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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Itapevi acaba com time de Handebol Feminino no meio da temporada

A Notícia mais Lamentável do Handebol nos últimos dias!

Equipe de Handebol Feminino de Itapevi
Codó (MA) - Time foi a base da Seleção Brasileira Universitária Campeã Mundial, estava entre as quatro melhores equipes do Super Paulistão e iria disputar a Liga Nacional.

A notícia de que a prefeitura de Itapevi retirou o apoio à equipe feminina de handebol da cidade pegou a todos de surpresa. Na última segunda-feira (1/set) o técnico Danilo Augusto e o auxiliar Rafael Camarotto receberam um telefonema marcando uma reunião para a manhã do dia seguinte onde foram informados de que não havia mais verba para o pagamento das atletas. Assim, no meio do campeonato paulista e prestes a iniciar a disputa da Liga Nacional 15 atletas ficaram desempregadas do dia para a noite. “Já liberamos todas as meninas para procurarem outra equipe”, informou Danilo Augusto à Tchê Comunicação. “Agora não tem mais time, não tem mais nada. Acabou”, disse a atleta Danielle Jóia.

Dani Jóia e as colegas Carolina Fajardo, Giórgea Márcio, Daniele Giacomazi, mais Dayana Rodrigues – que já havia se desligado da equipe – fizeram parte da Seleção Brasileira Universitária Feminina que conquistou pela primeira vez o Campeonato Mundial Universitário no último dia 10 de agosto ao vencer a Rússia por 24 a 17. A atleta Patrícia Scheppa foi Campeã Mundial de Handebol de Areia no final de julho com a seleção feminina que derrotou a Hungria por 2 sets a 0 e conquistou o tricampeonato. A goleira Gabriela Moreschi participou da Seleção Brasileira Junior que disputou o Mundial na Rússia em julho e também foi convocada para fase de treinamento da Seleção Brasileira adulta. Assim como a colega Patrícia Matieli, mais experiente, que nesse ano já foi convocada por duas vezes para treinamentos com a seleção principal.

No Super Paulistão Feminino elas estavam entre as quatro equipes que vão buscar vaga nas finais do torneio. Na próxima semana, Itapevi começaria a disputa da Liga Nacional de Handebol. “A gente não tinha dúvida de que poderíamos estar entre as quatro (melhores) da Liga Nacional. Isso é o que mais machuca. Nosso time é tão bom!”, comentou Dani Jóia, ainda sem acreditar no que aconteceu.

A Tchê Comunicação entrou em contato com a Secretaria de Esportes e Lazer do Município de Itapevi e solicitou uma entrevista com o secretário Joaquim Henrique Simoni, mas ainda estamos aguardando a resposta sobre o que motivou o corte repentino da verba para a equipe. O salário das atletas variava de R$ 1.400,00 a R$ 1.750,00, mas algumas meninas jogavam apenas pela bolsa de estudos na faculdade, segundo apurou a Tchê Comunicação. Somando a folha de pagamentos e despesas como aluguel das duas casas onde moram as jogadoras e transporte para as partidas o montante a ser investido por mês não ultrapassa os R$ 20.000,00.

O pagamento das atletas é feito por meio da Liga Itapeviense de Handebol (LIHa), uma entidade com CNPJ constituído e filiada à Federação Paulista de Handebol e à Confederação Brasileira de Handebol, e que recebia o apoio da prefeitura da cidade. Esse procedimento também é realizado em outras entidades esportivas apoiadas por prefeituras. Por esse motivo, o técnico Danilo Augusto e o presidente da LIHa, Rafael Camarotto, ainda estão tentando a transferência da equipe para outra cidade que queira arcar com os custos dos três meses que faltam para a temporada acabar. “Elas vieram acreditando numa coisa, que a gente também acreditava, e acabou. Assim, do nada”, lamentou Danilo Augusto.

Nesta quinta-feira (4/set) às 14h, haverá uma última reunião entre a comissão técnica e as atletas para informar se houve interesse de algum outro município ou de patrocinador em bancar os últimos meses da equipe no Super Paulistão. E para as atletas dizerem se conseguiram colocação em outro time que disputará a Liga Nacional. “A coisa boa disso é que nos informaram logo em seguida, porque se a gente jogasse uma partida pela Liga, já era”, disse Dani Jóia, explicando que é o que acontece pelo Super Paulistão e pelos Jogos Abertos, em que elas não podem mais atuar por outro clube no estado.

As meninas já estão se mobilizando e fazendo contatos. Assim que souberam da notícia elas colocaram a informação no grupo das atletas que disputaram o Mundial Universitário e logo começaram a receber mensagens para contato e telefones de times e técnicos. “Foi imediato, todas as meninas estão nos ajudando pra ver quem vai para onde”, contou Jóia. E finalizou: “A tristeza tomou conta de Itapevi porque a gente vai ter que se separar. Temos um time muito unido. Ontem as meninas da outra casa vieram aqui e nós ficamos juntas até as 10 horas da noite. Na sexta, a gente já deve fechar a casa e ir embora.”

Fonte: Tchê Assessoria e Imagem.

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