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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Na Áustria, Morten Soubak exalta árduo trabalho feito por brasileiras na pré-temporada

Técnico da Seleção Feminina, que agora comanda também o Hypo Nö, destaca ainda o bom momento da modalidade no Brasil

Morten destaca momento atual da modalidade
Codó (MA) - Depois de um mês na Áustria, no comando do clube Hypo Nö, o técnico da Seleção Feminina de Handebol, Morten Soubak, já pode avaliar de forma bastante positiva a experiência com a equipe, que possui no elenco oito brasileiras. Este foi um período muito intenso de trabalho, que trouxe também um enorme ganho para todos. Em um ano tão importante para a Seleção, que disputa em dezembro o Campeonato Mundial, na Sérvia, ter o treinador acompanhando grande parte do elenco durante esses meses é um ganho imensurável.

"Estamos indo muito bem, fazendo treinos pesados e tendo vários amistosos. Em agosto fizemos 11 jogos, o que é um volume bem pesado. O nosso grande desafio com o clube será a disputa da Champions League e estar entre os oito melhores da Europa", revelou o dinamarquês. "Temos ainda mais um mês de trabalho antes da estreia no dia 4 de outubro. De cara, vamos pegar o atual campeão, que é o húngaro Gyori, da armadora Duda Amorim", completou.

Quando assumiu o Hypo, Morten levou duas novas atletas, a pivô Carolline Dias Minto e a central Franciele Gomes da Rocha, que entraram no lugar da central Mayara Moura e da armadora Karol Souza. As duas são jovens talentos da modalidade, que estão tendo a primeira oportunidade em um clube internacional e se juntaram às pontas Alexandra Nascimento e Fernanda França, à armadora Deonise Cavaleiro, à central Ana Paula Rodrigues, à goleira Bárbara Arenhart e à pivô Fabiana Diniz, a Dara. Todas elas integram o time por meio de um convênio com a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), com o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro. 

"Para essas novas atletas, é um mundo totalmente diferente. Nunca tiveram treinamentos tão intensos e tantos amistosos em um curto período. Elas estão se esforçando muito. Entraram bem no grupo, mas temos que dar tempo para elas se acostumarem e pegarem o ritmo."

Outro ponto positivo na ida do treinador para o clube austríaco é também a proximidade com atletas brasileiras que atuam em diferentes clubes europeus. "Sem dúvida isso facilita muito. Estou aqui justamente para estar mais próximo delas. Estou tendo a possibilidade de acompanhá-las melhor e de ter contato com outros profissionais que trabalham com o handebol da Europa. Isso vai facilitar para que mais jogadoras possam vir para clubes europeus. Sem contar que, assim, posso observar melhor os nossos adversários do Mundial", acrescentou Morten.

Com todos esses fatores somados, o trabalho do dinamarquês à frente da Seleção Feminina é cada vez mais reconhecido internacionalmente. Pelo segundo ano consecutivo, ele foi eleito o segundo melhor técnico do Mundo, em eleição promovida pela Federação Internacional de Handebol (IHF). Para ele, isso só veio como combustível para procurar fazer um trabalho ainda melhor. 

"Estou muito feliz, não somente pelo resultado, mas também pelo nosso handebol, pelo reconhecimento que a modalidade está tendo. A escolha da Alexandra como melhor jogadora do Mundo foi um ápice. A campanha que as Seleções Masculinas fizeram o ano todo é a melhor da história, com as categorias Adulta, Júnior e Juvenil nos Mundiais. As seleções nos dois naipes estão trabalhando muito bem e voltando os olhos dos europeus para o Brasil. Daqui para a frente, cada vez mais, vamos ver atletas, tanto do feminino quanto do masculino, com ofertas para jogar na Europa."

Para Morten, o País está em pleno crescimento e pode chegar muito longe na modalidade. "O Brasil se tornou um País que tem plenas condições e nível para brigar com os melhores do Mundo. Temos muito a comemorar e a agradecer a todos que nos apoiam", concluiu.

Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.

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